sábado, 22 de novembro de 2008

25 perguntas sem respostas...

1. Porque é que a laranja se chama laranja e o limão não se chama verde?
2. Porque é que as lojas abertas 24 horas possuem fechadura?
3. Porque é que quem trabalha no mar se chama marujo e quem trabalha no ar não se chama araújo?
4. Porque é que "separado" se escreve tudo junto e "tudo junto" se escreve separado?
5. Porque é que os kamikazes usavam capacete?
6. Porque é que se deve usar uma agulha esterilizada para dar a injecção letal a um condenado à morte?
7. Para que serve o bolso dos pijamas?
8. Porque é que os aviões não são fabricados com o mesmo material usado nas suas caixas negras?
9. Adão tinha umbigo???????
10. Porque é que o Pato Donald depois do banho sai com uma toalha enrolada à cintura, se ele não usa calças nos desenhos?
11. Se o super-homem é tão inteligente, por que é que usa as cuecas por fora das calças?
12. O Pluto e o Pateta são dois cães, não são? Por que é que o Pateta fala e o Pluto não?
13. Porque é que existem pessoas que acordam os outros para perguntar se estavam a dormir?
14. Porque é que os Flinstones comemoravam o Natal se eles viviam numa época antes de Cristo?
15. Porque é que os filmes de batalhas espaciais têm explosões tão barulhentas se o som não se propaga no vácuo?
16. Porque é que aquele filme com o Kevin Costner se chama "Dança com Lobos" se só aparece um único lobo durante toda a história?
17. Se o vinho é líquido, como pode ser seco?
18. Como se escreve zero em numeração romana?
19. Porque é que as pessoas apertam o comando da televisão com mais força, quando a pilha está fraca?
20. O instituto que emite os certificados de qualidade tem qualidade certificada por quem?
21. Porque é que quando você pára no sinal vermelho, há sempre alguém no carro do lado com o dedo no nariz?
22. Se depois do banho estamos limpos, por que é que lavamos a toalha?
23. Como é que a placa "É Proibido Pisar A Relva" foi colocada lá??
24. Se os homens são todos iguais, porque é que as mulheres escolhem tanto?
25. Porque é que se chama Discoteca quando o disco toca e não teca?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

E se Obama fosse africano?

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade meatravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadistasul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomandonota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes dever os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na GuinéEquatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele émulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seupróprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povosque esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas aselites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicaçãoaos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso deagradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas –tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todosde que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos -as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda aalma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa. Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 deNovembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com obem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobreÁfrica. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesuradade políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Mia Couto
Jornal "SAVANA" – 14 de Novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hemisphere - algo de outro mundo

welcome

Hemisphere is Cape Town’s most sophisticated and stylish new club, bar and cocktail lounge. It is smart but relaxed, the décor is stylish but comfortable, and the stunning oval bar, fibre-optic lighting, and glass-walled VIP area are all unique.

Esta é sem duvidas para mim a melhor discoteca do mundo, já fui à algumas mas nenhuma me deixou tão boa impressão, fica no trigésimo primeiro andar do edifício ABSA center, em que temos uma vista magnifica de 180º da montanha que decora a cidade de cape town, tal como a cidade e o mar… “Dancing high above the city with the lights of Cape Town spread out below you is an awesome experience”…
A musica vai ao encontro de todos os gostos, combinando as diferentes decadas 70s, 80s e 90s ouve-se boa musica, eu ouvi billie jean do Michael Jackson, e saltei como toda gente… A roupa é formal o que implica dizer que a peneira ainda é considerável, até porque é preciso ter mais de 25 anos, eheheh o que é isso??? Uhm gajo já só é adulto com 25???, eles lá sabem porquê, que se lixe já passei mesmo essa fase… Paga-se 60 rands (6 usd) a entrada e as bebidas não são caras comparativamente a nossa realidade angolana com aqueles preços exorbitantes, a discoteca tem tudo para nos sentirmos no céu e realmente estamos no topo e se a isso juntarmos uns copitos, aí sentimo-nos a flutuar bem lá no alto… O ambiente é “amazing”, algo que só vivido podemos sentir a verdadeira sensação, as mulheres… bem dessas não pormenorizo para evitar alguns embaraços na minha vida pessoal... ;-), mas deixo aqui a observação para os leitores… “É a terra da Charlize Theron”, por isso…
Sábado vou ter um dia atribulado, vou ao concerto do Lionel Richie devo chegar cansado a casa, mas… se restarem energias sei bem onde as vou gastar...
N.S

Há muita vida em Cape Town

Estou com a sensação de que vou conhecer muita coisa nesta cidade, mas vou ter de voltar, simplesmente porque não vou poder ver tudo ainda… Se poder conciliar com a worldcup 2010 melhor ainda, a cidade é magnifica, há muita vida em cape town… Dando um toque filosófico ao meu fundamento diria que é “Um mundo em um país”…
De facto é algo que impressiona, é o destino eleito por milhares de turistas do mundo inteiro e agora que a Africa do Sul vive um período com uma certa estabilidade politica e crescimento económico, pessoas de todo o lado estão de olho a esta cidade…


O carácter da cidade é dominado pelas montanhas e o mar, uma junção que ilumina nos nossos olhos, em toda a parte que formos somos engolidos pela sombra da montanha, cuja imagem muda conforme a movimentação do sol, é algo impressionante para os mais observadores…


Na zona portuária temos um leque de serviços dos mais variados, restaurantes, lojas, entertendimentos, serviços de informação, tudo isso envolvido entre um porto industrial e as docas de fabricação, os navios cruzeiros acabam por colorir a zona portuária. Até mesmo nos oceanos a correria é notável com os desportos mais radicais, as fragatas, surf, esqui, remo… As praias límpidas, arenosas e brancas alargam-se ao longo de duas costas, uma no Oceano Índico e outra no Oceano Atlântico sempre com preenchimento visível. A vida animal é abundante, em ambientes selvagens e mais estruturados.


O zoo marinho (Aquarium) mostra-nos a beleza da vida animal marinha. Longe da costa, as cidades internas maravilhosas tais como Stellenbosch suportam uma rota original do vinho. Os diferentes objectivos das diferentes pessoas que em diferentes datas acabam por se cruzar neste lugar magnifico acabam por definir a convivência saudável patente nesta cidade, enquanto o sol brilha para baixo com benevolência neste mundo em um país.


N.S