quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Nova ponte sobre Rio Catumbela: Um marco de modernidade

A construção da nova ponte sobre o rio Catumbela(na foto), na estrada Benguela/Lobito, terá a duração de 18 meses e está inserida no quadro do Programa de Investimentos Públicos.
O empreendimento, já catalogado como sendo um marco de referência da modernidade, capacidade técnica e progresso de Angola, garantirá a travessia do referido rio pela via rápida Benguela/Lobito, que já está também em fase de construção.
A via terá uma extensão total de 26 quilómetros, com duas faixas de rodagem e uma berma. A nova ponte terá, desta forma, características geométricas compatíveis ao perfil desta estrada rápida. Em função das evidentes dificuldades de inserção da estrada, dada à topografia do local, o traçado da nova ponte é feito segundo um viés (ângulo de incidência formado pelas linhas representativas do eixo do rio e da ponte) muito acentuado.
A solução adoptada pelo INEA - Instituto de Estradas de Angola prevê um vão livre central de 160 metros para transpor o leito do rio, facto possível com a técnica de suspensão total do tabuleiro da ponte. O empreendimento será dotado de uma rasante mais baixa, ausência de pilares no rio e menor extensão, assegurando as vias locais em ambas margens e a ligação destas a estrada rápida em construção.
A ponte é igualmente constituída por um tabuleiro de betão armado pré esforçado com três tramos de 64, 160 e outros 64 metros de vão com suspensão total a partir de duas torres em "U" através de cabos tirantes múltiplos amarrados com ancoragens especialmente concebidas.
As suas fundações serão constituídas por estacas e executadas fora do leito do rio no caso concreto das torres. Existem também, para além da ponte, dois viadutos de acesso, um com 90 metros de extensão e outro com 60 metros, localizados na margem esquerda e direita, respectivamente, perfazendo um total de 438 metros de estrutura utilizada na travessia.
A ponte sobre o Rio Catumbela comportará uma série de equipamentos, normalmente considerados em obras do género, tais como, iluminação faixa de rodagem, pára-raios electrónicos no topo das torres, esgotos, guardas laterais de segurança e aparelhos de apoio.
Terá ainda aparelhos de iluminação para sinalização de aviso aéreo, de amortecimento das acções dinâmicas e juntas de dilatação. Os escopo básico da feitura da obra inclui, entre outros elementos, trabalhos preparatórios e fundações especiais, cofragem e reaplicações, processos construtivos e aterros.
Feb 29
Fonte: Angop
N.S

1 comentário:

Anónimo disse...

Só faltou mesmo quem foi o autor do projecto e o construtor. O projecto foi feito no atelier do engº Armando Rito, em Lisboa (a foto apresentada foi feita em Autocad a partir do projecto). O construtor foi a empresa Mota/Engil.
Informação prestada por:
Augusto Pombo
augustopombo@netcabo.pt