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A estrada está quase concluída, já com os rails colocados e tudo, aliás já sinalizada, e com passadeiras…!!! Espera ai eu escrevi passadeiras???
Realmente escrevi e de facto é verdade, ao longo desse trajecto deparamo-nos com inúmeras passadeiras… O que isso? Esse pessoal não tem noção do que faz?? Só pode… Numa via rápida?? O que em Angola temos de chamar via super rápida, afinal os hiaces estão sempre atrasados… Para mim essas passadeiras são “armas usadas indirectamente pelos automobilistas”… É algo extremamente preocupante numa sociedade como a nossa onde a grande maioria da população que habita nas proximidades dessas vias rápidas não sabe sequer comportar-se como simples peões… Ouviram dizer que tem prioridade nas passadeiras… E os automobilistas ouviram dizer que aquilo é uma via rápida, portanto, sempre a pisar no acelerador! A noite a situação agrava-se, a via é extremamente escura, os raros sinais luminosos que podemos encontrar são insuficientes… O Kupapatas (motas) são sempre perigos eminentes… A mais velha com a trouxa na cabeça que quer passar o quanto antes, porque os filhos já estão do outro lado a gritar… enfim..., uma verdadeira aventura para quem precisar de atravessar…
Essa luta entre peões e automobilista parece não ter fim, até porque as soluções para pôr fim a essa onda de atropelamentos na estrada Lobito-Benguela parecem ser apenas o simples conselho “fiquem atentos”… E para piorar a situação parece que este acto cívico vai de mal a pior no nosso país, resultado do elevado consumo de álcool que se tem verificado nos últimos tempos em Angola e da educação deficiente das novas gerações onde é notória a falta de sensibilização para esta triste realidade…
Não consigo esconder a minha revolta para com estes atropelamentos todos nas passadeiras e (ou) perto delas… E revolta-me também o facto de que estas vitimas que pagaram um alto preço a esta civilização moderna que é cega ou recusa-se a aceitar que as passadeiras aéreas seriam de facto a melhor opção para a via rapidíssima Lobito-Benguela…
Essa luta entre peões e automobilista parece não ter fim, até porque as soluções para pôr fim a essa onda de atropelamentos na estrada Lobito-Benguela parecem ser apenas o simples conselho “fiquem atentos”… E para piorar a situação parece que este acto cívico vai de mal a pior no nosso país, resultado do elevado consumo de álcool que se tem verificado nos últimos tempos em Angola e da educação deficiente das novas gerações onde é notória a falta de sensibilização para esta triste realidade…
Não consigo esconder a minha revolta para com estes atropelamentos todos nas passadeiras e (ou) perto delas… E revolta-me também o facto de que estas vitimas que pagaram um alto preço a esta civilização moderna que é cega ou recusa-se a aceitar que as passadeiras aéreas seriam de facto a melhor opção para a via rapidíssima Lobito-Benguela…
N.S
1 comentário:
Realmente essa situação é extramamente preocupante.
Pessoalmente, há alguns meses, ia morrendo nessa estrada, nao por atropelamento, mas por ter sido rompido por um chines que ia no camião e eu no HYUNDAY ATOS (vejam a desigualdade de força).
Em relação ao assunto em causa, o ponto é: Porque é que não se constroem passadeiras aéreas? Parece-me que as pessoas que defendem as passadeiras aéreas nessa estrada da morte (esse percurso apresentou em 2008 o maior número de acidente no país)partem de um pressuposto totalmente desadequado à nossa realidade: de que a vida das vítimas desses atropelamentos tem valor, tal como a vida de quem passa num V8 ou HAMMMER.
Segundo o raciocínio do Nuno, podemos concluir que o que se passa na estrada Benguela/Lobito nao é normal. Mas, quando é que algo assume o estatuto de normal?
Infelizmente, o normal social não tem que necessariamente coincidir com o nosso normal individual. No nosso caso, qualquer raciocínio de bom senso (passadeiras aereas), nas nossa socieade choca com aquilo que consideramos anormal (passadeiras terrestre), sendo assim, sociologicamente, nós é que somos os anormais.... (infelizmente)
David Boio
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