Compreendo que o nosso sistema de ensino comporte muitas irregularidades e, no geral, concordo com o vosso ponto de vista. Contudo, convem realçar alguns pontos que me parecem importantes:
1- O reconhecimento dos diplomas pela Reitoria da UAN faz todo o sentido na medida em que se pretende verificar a veracidade dos diplomas apresentados pelos diversos candidatos à funçao publica; Alguns com graves suspeitas de irregularidade. O excesso de burocracia pode não ser o melhor caminho mas o facto é que é a única maneira de assegurar que se recrutam doctores de facto. Um dos passos consiste em obter uma carta proveniente da universidade estrangeira a atestar a formaçao, O que parece boa ideia.
So para terem uma ideia, em 2008 foram detectados dezenas de candidatos com diplomas/certificados falsos provenientes de algumas universidades privadas portuguesas, congo democraticas entre outras. Já imaginaram pseudo-medicos em hospitais a “tratarem” da nossa saude?
2- O nosso pais esta a passar por mudanças muito gandes. Acredito ser muito dificil (re)começar quando já conhecemos outra realidade nas europas e americas. Mas temos de saber dosear as nossas expectativas e as nossas exigencias. É que aliada à luta pela sobrevivencia e a extrema pobresa, a maioria das pessoas não sabe o que é ser responsavel, acreditam que a corrupçao e o desvio sao normais, (ate lhes chamam “biziness”) e o espirito do deixa andar é reinante. As pessoas que tiveram a sorte de ir buscar um bocado da luz la fora têm mesmo de ter paciencia porque a mudança de mentalidades vai levar tempo;
3- Vocês, no fundo do vosso pensar, acreditam mesmo que as Universidades privadas em Angola estao ai para formar? Não sei! Ca pra mim o interesse esta mais virados para o lucro e os alunos querem o canudo, com todas as vantagens que dai advëm. Logo, um professor que constitua um bloqueio para o lucro da “empresa” e para o canudo do aluno, não é bem visto! É até guerreado.
Porem, o Governo deve criar condiçoes para que pessoas com formaçao e competencia não desaparaçam do mapa. Acredito que a saida do Boio e de muitos outros confrontados com situaçoes semelhantes, constitue uma perda para as Universidades e para o Pais.
De resto, as propostas de soluçoes ja apontadas, a serem aplicadas, já seriam de grande importancia. Se bem que, acredito que, o problema é muito mais vasto do que parece. As dificuldades que se sentem no sistema de ensino fazem parte de um mal mais abrangente; desde a falta de agua, luz, comida ate a falta de oportunidades, emprego…enfim uma seria de problemas basicos que carecem de soluçoes….
Um bem haja a todos. Temos de acreditar que isto vai mudar. Mas tudo depende das nossas acçoes enquanto povo. Afinal é o futuro das geraçoes futuras que esta em jogo ( enquanto isso...podem sempre mandar os filhotes estudar no estrangeiro, ou na escola portuguesa, ou francesa ou inglesa...basta preparar o bolso).
1- O reconhecimento dos diplomas pela Reitoria da UAN faz todo o sentido na medida em que se pretende verificar a veracidade dos diplomas apresentados pelos diversos candidatos à funçao publica; Alguns com graves suspeitas de irregularidade. O excesso de burocracia pode não ser o melhor caminho mas o facto é que é a única maneira de assegurar que se recrutam doctores de facto. Um dos passos consiste em obter uma carta proveniente da universidade estrangeira a atestar a formaçao, O que parece boa ideia.
So para terem uma ideia, em 2008 foram detectados dezenas de candidatos com diplomas/certificados falsos provenientes de algumas universidades privadas portuguesas, congo democraticas entre outras. Já imaginaram pseudo-medicos em hospitais a “tratarem” da nossa saude?
2- O nosso pais esta a passar por mudanças muito gandes. Acredito ser muito dificil (re)começar quando já conhecemos outra realidade nas europas e americas. Mas temos de saber dosear as nossas expectativas e as nossas exigencias. É que aliada à luta pela sobrevivencia e a extrema pobresa, a maioria das pessoas não sabe o que é ser responsavel, acreditam que a corrupçao e o desvio sao normais, (ate lhes chamam “biziness”) e o espirito do deixa andar é reinante. As pessoas que tiveram a sorte de ir buscar um bocado da luz la fora têm mesmo de ter paciencia porque a mudança de mentalidades vai levar tempo;
3- Vocês, no fundo do vosso pensar, acreditam mesmo que as Universidades privadas em Angola estao ai para formar? Não sei! Ca pra mim o interesse esta mais virados para o lucro e os alunos querem o canudo, com todas as vantagens que dai advëm. Logo, um professor que constitua um bloqueio para o lucro da “empresa” e para o canudo do aluno, não é bem visto! É até guerreado.
Porem, o Governo deve criar condiçoes para que pessoas com formaçao e competencia não desaparaçam do mapa. Acredito que a saida do Boio e de muitos outros confrontados com situaçoes semelhantes, constitue uma perda para as Universidades e para o Pais.
De resto, as propostas de soluçoes ja apontadas, a serem aplicadas, já seriam de grande importancia. Se bem que, acredito que, o problema é muito mais vasto do que parece. As dificuldades que se sentem no sistema de ensino fazem parte de um mal mais abrangente; desde a falta de agua, luz, comida ate a falta de oportunidades, emprego…enfim uma seria de problemas basicos que carecem de soluçoes….
Um bem haja a todos. Temos de acreditar que isto vai mudar. Mas tudo depende das nossas acçoes enquanto povo. Afinal é o futuro das geraçoes futuras que esta em jogo ( enquanto isso...podem sempre mandar os filhotes estudar no estrangeiro, ou na escola portuguesa, ou francesa ou inglesa...basta preparar o bolso).
Avelino Kiampuku
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